InícioAnimais & PlantasNova técnica de vacina é a mais nova arma contra a dengue

Nova técnica de vacina é a mais nova arma contra a dengue

Todos nós brasileiros sabemos à fundo sobre o que é a dengue, não é mesmo? Esta doença muito comum no país transmitida pelo mosquito Aedes aegypti há muito tempo vem sendo estudada, tanto com aplicações de inseticidas para matar o mosquito, ovos e larvas quanto estudos laboratoriais envolvendo a produção de vacinas para evitar o desenvolvimento desta doença.

Lendo o blog O Biólogo, do meu amigo Matheus Raddi, eu encontrei um post interessantíssimo sobre o que os pesquisadores descobriram para atuar de forma mais eficaz na luta contra a dengue.

É interessante destacar que no post do O Biólogo, você pode encontrar as características gerais do Aedes aegeypti e até mesmo do outro vetor do vírus da dengue na Ásia, o Aedes albopictus.


Segundo o blog, cientistas norte americanos conseguiram encontrar um ponto fraco no mosquito A. aegypti que pode ser crucial no combate a esta doença. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Purdue, em temperatura aquecida como a do corpo humano o vírus sofre várias alterações e acaba se tornando vulnerável à ação dos anticorpos humanos. Quando aquecidos os vírus apresentam uma série de epítopos, que são nada mais nada menos que sinalizadores que facilitam a ligação dos anticorpos à eles.

Segundo o pesquisador Michael Rossmann, professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade de Purdue, esta descoberta pode explicar o porquê das vacinas contra dengue anteriormente terem sido ineficazes.

E eu sempre concordei com este ponto muito interessante sobre a ação do calor corpóreo na cura de algumas doenças. Quando eu apresentei todos os sintomas da dengue, não quis ir ao médico pois eu não gosto de tomar remédios e nem de ficar esperando muito tempo para ser atendido. Então eu repeti uma experiência que já havia feito anteriormente várias vezes, que foi simplesmente me cobrir até começar a sentir muito calor e suar, mesmo em estado febril. Em outras ocasiões quando ficava doente com muita febre e dor de garganta, por exemplo, eu fazia isso e quando pegava no sono, após acordar eu estava livre de todos os sintomas e no outro dia curadíssimo. Pode ser algo arriscado, pois com o elevado grau de febre e também o aumento da temperatura devido ao uso das cobertas, eu poderia entrar em hipertermia e posteriormente poderia entrar em choque. 

Mas, quando fiz isso quando estava com dengue, novamente me curei “sozinho”. Pensado pelo lado lógico, é óbvio que isso tem um grande potencial de cura, afinal, o estado febril por si só já é uma forma de eliminar os agentes infecciosos. Os vírus são constituídos principalmente de proteínas, se as proteínas podem se desnaturar e perder suas funções rapidamente, possivelmente o calor que produzi em excesso pode ter feito com que esses epítopos aparecessem muito mais rápido aumentando a ação das minhas células de defesa, sendo extremamente eficaz na cura contra a doença.

Não recomendo que façam isso, só toquei neste assunto porque achei muito interessante essa nova pesquisa ter analisado o vírus numa condição que realmente é importante, ou seja, quando ele se encontra dentro do corpo humano. Logicamente, o vírus também é uma infecção e consequentemente desencadeia respostas ao nosso organismo que podem gerar o estado febril.

O mais incrível ainda é que depois eu descobri que existe a Febre Artifical Induzida, ou seja, para o tratamento de algumas doenças, os médicos induzem os pacientes ao estado febril, justamente porque ele é fundamental na resposta de nosso organismo à diversos agentes infecciosos. Para quem acha que essa minha idéia é furada e que o calor que eu passei não me curou e que é coisa do meu psicológico, deixo abaixo alguns artigos científicos muito bem aceitos sobre a febre em si e sobre a febre induzida artificialmente:

O papel da febre na doença
Febre desempenha papel fundamental na resposta imune
Termometria e o papel da febre na doença
Antipiréticos diminuem taxa de sobrevivência em doença
Crianças com maior e mais intenso estado febril tiveram maiores taxas de sobrevivência na luta contra o sarampo
– Febre Artificial induzida no tratamento de doenças alérgicas
Terapia de Febre Artificial em caso de Sífilis

Continuando com o conteúdo do post, o pesquisador Rossmann ainda complementa dizendo “As vacinas contra o vírus da dengue devem então ser produzidas para fazer com que os anticorpos reconheçam os epítopos expressos nos vírus que estão sob temperaturas elevadas”.
O artigo sobre esta nova técnica de produção de vacina contra a dengue foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences com o título Dengue structure differs at the temperatures of its human and mosquito hosts.
Todos nós esperamos que essa técnica seja ampliada com sucesso para que possa chegar até outros países, principalmente no Brasil, onde existem vários focos da doença o número de mortes é constante.
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Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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