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Espermatozoides: características gerais

Os gametas masculinos, também chamados de espermatozoides, são produzidos durante um processo chamado espermatogênese que ocorre no testículos. Esta célula contribui com o seu DNA, unindo-se com o DNA feminino (óvulo), para formar um zigoto com as cargas genéticas do pai e mãe. Células pequenas e móveis, os espermatozoides se desenvolvem a partir das espermátides e se movimentam em direção ao óvulo com uma velocidade de 1mm/min a 4mm/min em média. Apresentam um núcleo compactado e as organelas desenvolvidas são aquelas estritamente relacionadas com a sua locomoção.
ANATOMIA: CABEÇA E CAUDA.
Os espermatozoides são dotados de cabeça, colo ou peça intermediária, e cauda ou flagelo.
CABEÇA: A cabeça tem formato oval e é quase totalmente ocupada pelo núcleo, que é composto com os cromossomos paternos. Na cabeça do espermatozóide existem duas regiões importantes: o núcleo e o acrossomo. O acrossomo é o topo da cabeça do espermatozoide, contendo milhares de enzimas que irão corroer a parede do óvulo no momento da fecundação. Essa estrutura é produzida pela organela Complexo de Golgi.
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CAUDA: Na cauda são distinguidas quatro regiões: o pescoço (ou colo), a peça intermediária, a peça principal e a peça terminal. O colo é uma região que possui um conjunto de mitocôndrias, produzindo o trifosfato de adenosina (ATP), essencial para o movimento dos flagelos.
A peça intermediária possui de 5 a 7 um de comprimento, inicia-se no colo e termina no annulus (ou anel de Jensen, uma estrutura que está ligada à membrana plasmática do flagelo). Essa região é a porção inicial do flagelo.
A peça principal vai do annulus até próximo do final da cauda e tem tamanho de aproximadamente 45 um. Ela tem algumas modificações em relação à peça intermediária: não há mitocôndrias, há duas colunas longitudinais – uma dorsal e ventral, e, uma conexão de fibras circulares entre as duas colunas longitudinais.
A cauda é formada à partir do centríolo e atua basicamente impulsionando o espermatozoide pelo aparelho reprodutor feminino.
COMO OS ESPERMATOZOIDES SÃO FORMADOS?
Os espermatozoides ficam mergulhados no fluído seminal (sêmen), produzido pelas glândulas seminais e pela próstata. Esse fluído fornece os nutrientes necessários para os espermatozoides sobreviverem e é eliminado no momento da ejaculação. Quando chega no sistema reprodutor feminino, os espermatozoides podem fecundar um óvulo de 48 a 72 horas. Nos mamíferos, existem proteínas chamadas fertilizinas localizadas na membrana plasmática dos espermatozoides, e estas se ligam na membrana do óvulo, e nesse momento, quando os gametas se ligam,  ocorre uma fusão entre elas alterando a permeabilidade da membrana do óvulo aos íons Na+ e K+, promovendo a despolarização de toda a superfície do óvulo – e assim, ocorre a fecundação. Essa despolarização na membrana do óvulo, permite que somente um espermatozoide fecunde, inibindo os outros.
TIPOS DE ESPERMATOZOIDES
São dois tipos distintos de cromossomos normais: os que possuem o cromossomo X, e originam fetos femininos, e, o Y que origina o feto masculino. Os cromossomos ditos anormais são os que causam problemas cromossômicos ou morfológicos. Problemas cromossômicos podem ser formados em erros que ocorrem na meiose, e, os problemas morfológicos são causados através de reações alérgicas diversas, como por exemplo a raio-x e antiespermatogênicos.
Guellity Marcel
Guellity Marcel
Biólogo, mestre em ecologia e conservação, blogger e comunicador científico, amante da vida selvagem com grande interesse pelo empreendedorismo e soluções de problemas socioambientais.
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